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Justiça Global


O grupo Olympiando fez uma visita, antes das Olimpíadas, a uma ONG chamada “Justiça Global” que é uma organização de direitos humanos e trabalha com a proteção e promoção desses direitos e o fortalecimento da democracia. Lá fizemos um aprofundamento dos impactos das Olimpíadas, porque, mesmo sendo a cidade maravilhosa, há ainda bastantes problemas.


Discutimos sobre questões sociais; militares; ambientais; entre outras. As remoções são sempre um foco muito criticado. 77 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. O prefeito da cidade alegou argumentos que, posteriormente, ficaram claros que eram mentirosos ou que nunca foram apresentados. Um exemplo é a favela Metrô Mangueira que foi removida por estar a menos de 1km de distância do Maracanã. A Vila Autódromo que ficava ao lado do Parque Olímpico foi reduzida em 96%. Estes são só alguns dos casos. No final, percebemos que o governo utilizou os Jogos como desculpa para expulsar as camadas mais pobres da população de áreas com interesses empresariais.


Outro aspecto que não podemos deixar passar despercebido é o do ambiente. A despoluição da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas são algumas das promessas ambientais que não foram cumpridas. A Baía devia ter 80% de suas águas limpas até esse ano e os números não chegaram nem a metade. Na Lagoa, houve uma série de provas de canoagem e a poluição era algo a mais com que os competidores tiveram que se preocupar, além de já terem que se esforçarem ao máximo. Pesquisas dizem que se alguém ingerisse uma quantidade de água equivalente a três colheres de chá, há 99% de chance de obter uma infecção.


Assuntos como esses não podem ser silenciados e é por isso que a visita foi tão importante. Além de vermos diferentes opiniões e entendermos diversas perspectivas, aprendemos muito. A “Justiça Global” nos mostrou um lado que nunca deixaremos de usar, um lado crítico em que nos perguntamos o real motivo de alguma ação e lembramos que ele nem sempre é bom.




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